sexta-feira, 4 de setembro de 2009

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ele não dormiu mesmo naquela noite, ficou olhando a lua cercada por todas aquelas nuvens, uma sufocando a outra, não dando a minima pista se vai chover ou não. o clima nesta cidade sempre foi meio maluco. uma estrela ou outra aparecia em meio aquela dança das nuvens. ele ficou, acho que uns uqarenta e cinco minutos só olhando tudo isso, ele saiu de seu mundo, flutou, entro na brincadeira de tentar esconder a lua. achou até divertido, a anos não sorria como nesta noite. pena que não durou muito, a lua foi se escondendo, bem devagar em meio aos predios até se esconder por completo. ele ainda ficou olhando pro céu, com a esperança da lua lhe dar umatrágua e voltar, dizendo a ele todas as mentiras que vão lhe fazer acreditar que aquela senssação vai durar pra sempre. uma hora depois, já com o sol apontando, ele percebeu que aquilo jamais aconteceria e que a rotina voltaria com força e te levaria pra baixo de novo...
ele desce as escadas do predio, quase que rolando, a sua cabeça ainda a imagem da lua e a dança das nuvens o faz flutuar, mas logo logo, logo após as escadas, quando o sol bater nos seus olhos, ele verá que não está mais naqule momento "magico".
abriu a porta térreo e saiu. logo de cara ja queis voltar e deitar no sofá. era feriado, cheio de pessoas na rua, crinaças gritando, guerra de balões d'água, vizinhos lavando seus crarros, falando sobre futebol e velhas fofocando sobre tudo que acontecia no bairro. era horrivel, se sentia um e.t. cabelo sujo, calça presa por um cadarso e já bem rasgada, maço de cigarro amassado no bolso, tenis desamarrado, e tudo o que lhe fazia sair de casa era o víco por café. chegou na cafeteria mais barata da cidade e tomou cinco copos de café puro, com muito açúcar. uma fatia de pão com manteiga e a calma de não ter ninguém gritando na tua orelha.
ele não demora mais que uma hora pra perceber que ali não era sua casa, e que ele não poderia tirar os tenis e se jogar de qualquer jeito no balcão. olha, mata a mosca, volta a olhar o ventilador e as fitinhas do "senhor do bomfim" mexerem. era um calor infernal, acho que tinha jogo no dia e os carros passavam buzinando e gritando, bandeiras, cornetas, gente com o placebo da felicidade estampado na testa e nos dentes, isso o fazia sair do serio. em vez do sexto copo de café decidir uncher a cara pra sair daquele mundo ridículo que lhe cercava. depois da quarta garrafa, e a frustração de ainda não estar bêbado, esculachou "desce macio e reanima". quando viu, já estava largado na calçada, com o sol ardendo no olho e a ressaca reinando. pra ele se levantar foi o maior sacrifíco, caiu umas tres vezes antes de conseguir se apoiar na parede e andar até o apartamento, as escadas equivaliam a uma maratona e meia. quando chegou no seu andar, a chave e a fechadura eram inimigas, desistiu e deitou na frente, ateh chegar alguém e abrir a porta pra ele. o ruim eh que depois do andar dele não mora ninguem. (continua)

2 comentários:

  1. "era horrivel, se sentia um e.t. cabelo sujo, calça presa por um cadarso e já bem rasgada, maço de cigarro amassado no bolso, tenis desamarrado, e tudo o que lhe fazia sair de casa era o víco por café."

    = tally durante a semana. (Y)

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