quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"eu vou me apoiar nos raios do sol" ele disse, depois de perder tantas horas olhando folhas cairem do quintal do vizinho...seu passos nunca foram firmes. ele saia de casa olhando pra todos os lados, tinha medo do mundo, do vento, dos olhares, da sua própria respiração. e por ser tão submisso, sua voz chegou até a perder a força, agora, é baixa. ele não costuma treina-la muito, as vezes que se escuta ele falar, é consigo mesmo, sussurrando, conversando com o boneco de cera que ficava na escrivaninha de mógno. a lâmpada da luminária havia queimado, então, ele esperava a luz da lua pra escrever. só de madrugada ele conseguia desabafar, nem que fosse um por cento de tudo que sente, só de madrugada sua cabeça se desprendia dos medos.
ele não morava num lugar muito habitado, passavam no máximo umas cinco pessoas na frente da seua casa por dia, isso exagerando. carros passavam raramente. era um bairro rural e haviam fazendas muito grandes, não havia muito contatos, e os que haviam eram comerciais. ele, quando mais joovem, costumava espelhar ser igual o pai, dono de uma grande propriedade, respeitado por grande parte das pessoas que conhecia. mas tudo aquilo, com o passar dos anos, foi se tornando cada dia mais fútil, ja não enchergava verdade nas risadas, nem em qualquer outra atitude das pessoas, ele se sentia cada dia mais fora de seu mundo não tinha costumes normais, demorava tempos pra lavar o cabelo, não tirava o casaco ate sentir que o cheiro já não dava pra aguentar, enquanto as pessoas da sua idade se enfeitavam inteiras pra conseguirem um bom casamento e assim, garantir boa parte da vida com a assinatura dos papeis.
depois dos treze anos, quando perdeu seu avô num acidente com a maquina de fazer feno, ele nunca pensou em ser ou deixar de ser alguem, ele só é ele, e a vida vai traçar todos os caminhos que ele deve seguir.
"balck hope" sua esperança de deixar sua casa e andar, pra qualquer lugar, mas as madrugadas não duram pra sempre, com o sol, seus medos se tornam suas vontades e suas vontades, seus medos. no final, tudo é a mesma merda - mais vai tentar colocar isso na cabeça dele -. o egocentrismo dominou sua alma, e ele acha que tudo o causará danos. go down go down.
o sentimento mais confortavél é a tristeza, se não é confortável, ao menos é segura.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

gotas, de água, de lágrimas, limpam, caem, fogem. e por mais que a angústia pareça mais confortande, ou mesmo mais segura, eu ainda prefiro sorrir…mesmo que por momentos, dois dias, tres..é gostoso saber de muitas coisas que não se “pega” no ar. é engraçado saber de coisas tão “incomuns”, fico feliz, mas ao mesmo tempo, não sei como agir…sei lá. não vou noiar com isso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

eu já não sei em que espaço tempo estou. mu peito tem um vazio imenso, eu tento chorar, vejo historia mela cueca, filmes que qualquer lutador de box choraria, e mesmo assim não consigo. não tenho contato com meu lar, estou trancado em quatro paredes, implorando por um milagre, um abraço, palavras que me tirem de onde estou.
a depressão bateu e não tá sendo nada fácil conviver com ela...já não tenho vontades, já não saio de casa, me afasto de tudo que me fazia rir. não é isso o que vai me salvar agora.
eu to enjoado de tantas pessoas, minha fase não tá legal e nada nem ninguem vê isso, nem ao menos tenta ajudar. eu nem sei se consigo sair disso sozinho, só sei, que por incrivel que pareça, estou. e não adianta eu gritar, pedir socorro, ou qualquer coisa parecida, isso só funcionou comigo. eu não tenho motivos pra sorrir, não agora, eu só queria ao menos quem eu mais prezo comigo, só que eu não sei nem se ela eu tenho. help. ;/
depressão não é legal.
preciso de alguém.

sábado, 12 de setembro de 2009

eu to tão cansado de não ser nada. tá, eu sempre fui o rei do nada, mas agora tá embaçado. uma, duas semanas, lindas, nada mais. a distancia me incomoda muito. é, é o lugar que eu mais me sinto bem, sinto falta, não tem jeito. cada dia que passar e eu te ver mais e mais distante, é evidente que eu vou surtar, eu sinto, e eu não posso fingir que isso não acontece. se um texto machuca, tudo isso, essas duas semanas tem me machucado ainda mais. a abrupta mudança que me incomoda, parece que tudo foi pra dentro de uma caixa, trancada, com 1984729834 chaves, 89742342 correntes e com lasers e o caralho a quatro, por medo de sentir tudo aquilo de novo. sim era inexplicavel, até eu, que gosto disso, fiquei sem palavras, é evidente, foi especial, mas hoje, eu não vejo nem o pó de tudo aquilo. é frustrante, agarrar água com as mãos, sabe? eu, me sentindo tão bem, com tudo aquilo, de principio de relação, vontades e tudo mais, hoje agora, eu me sentindo um cara menor do que sou, querendo tão pouco quanto, e tentando prender suspiros em momentos tão simples e tão marcantes. here, there, and everywhere, saca?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

eu não quero vinte cinco horas por dia. eu pareço berrar entre surdos, e isso me faz parecer estranho.

domingo, 6 de setembro de 2009

não me sinto mais um et (Y)

5

talvez se ele tivesse ficado ali deitado, em frente do seu apartamento por mais algum tempo, tivesse ficado mais tempo sem aquela madita senssação de impotência. mesmo ele sendo uma das pessoas mais conformadas no mundo, ele ainda tem seus "sonhos", suas "vontades", e a impotência não ajuda nada numa situação dessas.
ele já esta atrasado para o trabalhgo e nem sequer calçou os tenis. banho é luxo. cheiro de bebida, camisa suja, olhos ardendo e uma sede incontrolavel. para melhorar, o dia é o oposto ao anterior, uma chuva que desanima até quem gosta de chuva. pelo menos não tem tanta gente na rua, e principalmente as crianças, que não saem de casa num dia desses, algo a se comemorar.
já no serviço, seu dia não poderia ser mais tedioso, nada de afazeres, as pessoas que algumas vezes passavam lá, naquele dia, nem sequer pensaram em passar por perto, ou ao menos sair de casa. as horas não passavam, fome, o barulho do relógio, a ressaca. nada ajudava. faltando umas horas pra sair, descobriu que o circo havia chegado na cidade a duas semanas. ele nunca gostou muito de palhaços nem de como eles agem com o animais, -mesmo não parecendo, ele realmente se importava-, mas lhe deu uma enorme vontade de ir. pagou os cinco reais do ingresso e sentou bem no fundo, onde que achava que os palhaços não implicariam com ele, e o fizessem participar da falta de graça deles. assistiu sem nem ao menos dar um sorriso, ou sequer um olhar diferente. ele, depois de muito tempo, voltou a pensar na pessoa que te arranca os suspiros e que lhe dá as dores de cabeça mais incomuns. por exemplo, acordar no meio da madrugada com a cabeça explodindo, e a unica visão que tem, é da profundidade daqueles olhares que por poucas vezes se fitavam a ponto de olhar por dentro da alma, mas os poucos eram tão marcantes quanto se fosse algo muito comum. apesar de tudo, a presença dela, mesmo só por telefone ou pensamento, o deixava num estado de espirito tão confortavél. ele adorava aquilo. todas as suas discuções o deixava muito pra baixo por um bom tempo. mas um sorriso, ou algum sinal dela, já o fazia pisar em orgulho, noias ou qualquer coisa que o fizesse ficar chateado. depois do circo ter fechado suas portas, sua sombra na rua o acompanhava até o bairro mais separado da civilização. ele não quer voltar pra casa, não hoje. a lua não aparecia, nem estrelas, estava um frio agradável e ele gostava de caminhar, pensando em muitas coisas, mas nada concreto, andar por andar. acho q ele usava isso no psicologico como exercício físico, afinal, fora esse, só as escadas do apartamento e a caminhada ate a livraria. ele sentou num banco de uma praça e ficou lá, olhando o nada, esperando o nada. engraçado como ele aprendeu esperar o nada depois que começou a gostar daquela mulher. ele, direto, parava e caia na realidade, e enchergava, por segundos, o que sua vida tinha virado. ele havia parado na maior nostaliga, ele parecia estar flutuando, não conseguia caminha nem pra frente, nem pra tras. isso, pelos segundo que enchergou tudo, o incomodava, mas não durou muito, sua depressão rompia a barreira do som, da luz, do real. "nada é real" escutava os beatles dizendo isso boa parte das tarde sentado no sofá com a vitrola ligada. era tão complexo pensar no sentido que a vida tem, que é muito mais fácil acreditar que nada é real, é muito mais fácil, saber que depois dessa vida, terá outra, tão irreal quanto essa. enquanto tudo isso passava pela sua cabeça, a faslta de nicotina e cafeina transformavam seu humor em trapos, e ja estava amanhecendo quando resolveu, bem devagar, voltar pra casa...(continua)
Please don't be long.
Or I may be asleep.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

4

ele não dormiu mesmo naquela noite, ficou olhando a lua cercada por todas aquelas nuvens, uma sufocando a outra, não dando a minima pista se vai chover ou não. o clima nesta cidade sempre foi meio maluco. uma estrela ou outra aparecia em meio aquela dança das nuvens. ele ficou, acho que uns uqarenta e cinco minutos só olhando tudo isso, ele saiu de seu mundo, flutou, entro na brincadeira de tentar esconder a lua. achou até divertido, a anos não sorria como nesta noite. pena que não durou muito, a lua foi se escondendo, bem devagar em meio aos predios até se esconder por completo. ele ainda ficou olhando pro céu, com a esperança da lua lhe dar umatrágua e voltar, dizendo a ele todas as mentiras que vão lhe fazer acreditar que aquela senssação vai durar pra sempre. uma hora depois, já com o sol apontando, ele percebeu que aquilo jamais aconteceria e que a rotina voltaria com força e te levaria pra baixo de novo...
ele desce as escadas do predio, quase que rolando, a sua cabeça ainda a imagem da lua e a dança das nuvens o faz flutuar, mas logo logo, logo após as escadas, quando o sol bater nos seus olhos, ele verá que não está mais naqule momento "magico".
abriu a porta térreo e saiu. logo de cara ja queis voltar e deitar no sofá. era feriado, cheio de pessoas na rua, crinaças gritando, guerra de balões d'água, vizinhos lavando seus crarros, falando sobre futebol e velhas fofocando sobre tudo que acontecia no bairro. era horrivel, se sentia um e.t. cabelo sujo, calça presa por um cadarso e já bem rasgada, maço de cigarro amassado no bolso, tenis desamarrado, e tudo o que lhe fazia sair de casa era o víco por café. chegou na cafeteria mais barata da cidade e tomou cinco copos de café puro, com muito açúcar. uma fatia de pão com manteiga e a calma de não ter ninguém gritando na tua orelha.
ele não demora mais que uma hora pra perceber que ali não era sua casa, e que ele não poderia tirar os tenis e se jogar de qualquer jeito no balcão. olha, mata a mosca, volta a olhar o ventilador e as fitinhas do "senhor do bomfim" mexerem. era um calor infernal, acho que tinha jogo no dia e os carros passavam buzinando e gritando, bandeiras, cornetas, gente com o placebo da felicidade estampado na testa e nos dentes, isso o fazia sair do serio. em vez do sexto copo de café decidir uncher a cara pra sair daquele mundo ridículo que lhe cercava. depois da quarta garrafa, e a frustração de ainda não estar bêbado, esculachou "desce macio e reanima". quando viu, já estava largado na calçada, com o sol ardendo no olho e a ressaca reinando. pra ele se levantar foi o maior sacrifíco, caiu umas tres vezes antes de conseguir se apoiar na parede e andar até o apartamento, as escadas equivaliam a uma maratona e meia. quando chegou no seu andar, a chave e a fechadura eram inimigas, desistiu e deitou na frente, ateh chegar alguém e abrir a porta pra ele. o ruim eh que depois do andar dele não mora ninguem. (continua)

céu

as vezes paro pra olhar o céu. acho que é o ultimo momento em que meu pensamento foge de tudo, isso quando longe...
mas não dura muito, eu sempre volto a todos os pensamntos que consomem meu dia. duas distancias é muito, é difícil conviver com isso. eu sei, eu vou conseguir, mas eu preciso de ao menos uma.
preciso sair, preciso rir, beber, falar besteiras e esquecer meu quarto. esquecer o que me lembra, esquecer.
leio livros, toco violão, bateria, baixo, aprendo tres musicas dos beatles por dia e ainda sim me falta muito...
as vezes uma noite de diversão, um dia "cheio", partidas de futebol, mas nada consegue me desprender das minhas noias, pelo menos ate eu conseguir ver um retorno de que não é o que eu penso...
acho que a palavra chave da situação é paciencia, mesmo que eu ande com MUITA falta dela. o tedio me consome, a rotina, a monotonia, nostalgia e tudo isso que deixa seu mundo parado. quero surpresa, algo novo, algo que me faça sentir do jeito q me sinto nas noites em que seu sorriso me faz esquecer tudo...eu só não sei por onde buscar ou começar, tenho mil vontade, mas caminhos que é bom, nada.
sim são fases e tudo mais, mas eu com o tempo, vou aprender atalhos, eu sei.
eu só quero você aqui, perto ou não.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

e eu espero...

manha.

eu adoro a manhas, sem dormir, olhos ardendo, voz rouca, pessoas desesperadas, aflitas pelo resto do dia, carros buzinando, crinaças gritando e chorando por não querer ir a escola. café, olhares contemplativos, sorrisos nem sempre ativos...
o clima que fica com isso tudo me encanta, não sei descrever. me da vontade do dia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

and so many places that we,
so we embrace,
was on the kitchen floor
that we feel more comfortable ...
and the dark eyes of our
We believe in our souls
and did everything
that we want.
lost time
me desculpe, se te ver é sufocar, se te pedir é cobrar, se sonhar com um abraço ou um olhar é pedir demais...a partir de agora, vou ler os quinze livros que roubei e cuidar dos meus ombros que já estão cansados de se abaixarem a cada necessidade de atenção..
eu juro, n qro pensar nada, mas tá foda ;/