sexta-feira, 21 de agosto de 2009

b

cada vez que uma volta se completa, o ambiente pesa, os olhares muda. cantos de olhos, sorrisos desconfiados, sujeira nos dentes, suor, lama, frio. até os pássaros mudam, você perce claramente a intesidade dos piados, das batidas de asas.
heróis viram inimigos, conselheiros se tornam seu pior medo. medo, acho que tenho medo do futuro. me assusta saber que perderei tudo que conquistei, tudo muda. me assustam as decisões, as vontades, obrigações.
uma nova volta se inicia, mas é sempre a mesma coisa. eterno retorno. mesmas senssações, os mesmos sorrisos, e no fim de tudo, o peso.
os momentos em que tudo se torna confortável não duram muito tempo. passos escuros, olhares perdidos e risadas ao vento. eu me perco nesse meio, no meio dos sentimentos. eu sou eles, eu sou todos os sentimentos, imbutidos em uma alma velha, uma alma que vive por sesssações, pois nada é real. caixinhas de surpresas nunca me encantaram, otimísmo falído. a água escorre no corpo e não se sente. o vento te corta, te carrega e não se sente. o fogo te queima, te sufoca e você nem sabe o que é isso. passos ao vento. e a misericordia tem sido o maior mal.

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