pássaros vão e vêm, consigo, trazem sopros de esperanças, estampados em seus peitos. sopros momentâneos, duradouros, eternos ou não, mas eles sempre estão ali, te fazendo acreditar de alguma forma que a felicidade pousou na sua janela.
os pássaros, sendo livres como são, não pensam se a sua falta trará ao dono da janela, um vazio tão grande quanto o céu que ele mesmo voa, e assim, partem, deixando plumas velhas e gastas, sujando a janela. e todo dia que você acorda e olha a janela vazia, suja, e não escuta o mínimo ruído, seu coração se enche de pedaços de vidro, esperando cada movimento seu pra te machucar e deixar cicatrizes que por muitas vezes, o tempo custa muito a tirar...mesmo sabendo disso, nós, donos da janela, sempre corremos em direção a ela, pra ver se de alguma forma o pássaro passa, nem que seja por perto de lá. e nossos corações se enchem de um sangue simbólico, não o de verdade, o de "mentira" o que nem sempre é tratado como dor realmente. mas, pensando muito no assunto, nós, donos das janelas, vivemos muito mais sendo assim, nos machucando por tempos e por outros nos enchendo de felicidade. estamos sendo humanos e não pássaros. estamos amando, nos apaixonando e desfrutando do que é nos oferecido por estarmos vivos. prefiro ser cortado mil vezes a vagar pelo céu em busca de puleiros.
terça-feira, 7 de julho de 2009
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me ajudou e MUITO!
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