quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Se essas paredes falassem,Se contassem cada vez,Que me vi de joelhosNa escuridão.Com medo de levantar,E fitar na penumbra ,Meus olhos no espelhoDizendo que não.Não pode ser verdadeMas é tanta maldadeJogar à fogueira o meu coraçãoPor sentir não ter forçasPra calar essas bocasE afastar os dedos de minha direçãoAsas, fracasNão me deixam voarE eu não me lembro de pedirPra você ficarE arrancar carne de meu peito comTanto odioE gritar, pra eu me excluirDe teu mundoJá não sei maisHá quando tempo nãoVejo o sol com meus proprios olhosJá não sei maisSe é por medo ou seEsqueci como olhar pra foraPortas, frias, me deixam sem arE ninguem me ouvir baterPra vir me ajudarE eu não quero mais viverCom medo ou vergonhaDe respirar, de existirOu beijar teus labiosSe estas paredes falassemSe contassem cada vez que sonhei viverEm outro lugarOnde Marte ama Marte, e Vênus pode passearDe mãos dadas com Vênus,Sem se preocuparCom o vento covardeQue me deixa ate tardeCom medo e sem saber se vocêVai voltar...Voltar...Será que estou erradoPor querer estar ao teu ladoEm jardins onde as flores não envenenam o ar?O ar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário